A vida é muito cansativa
a rotina que nos castiga
todo dia, uma luta,
o trabalho é muito, o salário é pouco
o que é duro fica mole
o que maciço fica oco
a gente seco engole
a maldita da labuta
o teu chefe é um grande filho de Deus sem compaixão
o nosso destino nunca está na nossa mão,
com tantas preocupações
dívidas, papeladas, taxas de colesterol
nessa vida privada de emoções,
a gente nem vê pôr do sol,
e com todo esse caótico reato
quem é que vai pensar em teatro?
Ainda mais com esse cara chato
que não se cala
e fala tudo rimando
Meu nome é Amadeus Adamastor,
poeta trovador,
transeunto trazendo trovas travessas,
travando batalhas com a melancolia,
nas avessas da escuridão meu lirismo fura,
levo meu encanto a todos os cantos do mundo,
do mar de prantos ao arvoredo da lamentação,
até a terra mais dura,
onde só brota o capim mais vagabundo
Adamastor é nome portador de alegria,
pois mesmo se o seu dia foi ruim,
quando lua paira sobre o céu enfim,
meus versos velejam banhados de auspiciosidade
ah que tranquilidade,
a noite acalma os nossos pensamentos,
é quando relembramos nossos doces momentos,
é o fim do começo de uma nova esperança,
relaxa na cadeira, pois a noite é uma criança,
vê o céu tão cândido,
perde-te nos pontilhados risonhos das estrelas
a noite é portadora dos sonhos e pelas
asas do Pégasos de Morfeu
volta ao mais lindo sonho teu,
mergulha no luar bracicândido,
o luar é afeito,
é sereno
de amores pleno,
mais que perfeito
não há melhor jeito que se entregar
aos braços da ilusão,
amar com poesia,
se lambuzar nos lábios da fantasia,
não há nada melhor que sonhar
numa noite de verão
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